Situação Atual da Seca no Semiárido e Impactos

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O Cemaden, Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, disponibiliza online os Relatórios da Situação da Seca e Impactos

RELATÓRIO
Fevereiro
2016

CONDIÇÕES DE SECA PARA O MÊS DE FEVEREIRO DE 2016

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A avaliação do Percentil para o período entre 01 de dezembro a 29 de fevereiro (90 dias) indica apenas algumas áreas que permanecem com a condição de “Seca”. São elas: a região central do Maranhão, alguns municípios no leste da Bahia e o norte do Espírito Santo. Ainda que o Estado do Maranhão tenha recebido acumulados de chuva no mês de fevereiro (Figura 1), a condição de déficit persiste quando se considera um período de avaliação mais longo (90 dias).

Figura 1 – Avaliação das condições de seca para os últimos 90 dias de acordo com o cálculo dos percentis dos dados de precipitação.


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Figura 2 - Risco agroclimático para o período de 01/10/2015 a 29/02/2016.

Segundo a avaliação do número de dias com déficit hídrico (modelo de balanço hídrico) para o ano hidrológico de 2015/2016, que teve inicio no mês de outubro, no período de 01 de outubro de 2015 a 29 de fevereiro de 2016, 118 municípios foram classificados como de risco MUITO ALTO (mais que 75 dias com déficit hídrico) e 333 municípios como de risco ALTO (entre 60 a 75 dias com déficit hídrico). Em relação aos meses anteriores, ocorreu a redução do número de municípios com risco agroclimático alto e muito alto.


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De acordo com o índice VSWI, apenas 32 municípios apresentaram pelo menos 50% de suas áreas impactadas pela seca, totalizando, no mês de fevereiro de 2016, aproximadamente 2,6 milhões de hectares, podendo impactar cerca de 30 mil estabelecimentos de agricultura familiar. Com relação ao mês anterior (janeiro), houve redução de 85 % das áreas impactadas pela seca em toda a região monitorada.

Figura 3 - Porcentagem do município impactado pela seca (impacto em áreas de pastagens e agrícolas) no mês de fevereiro de 2016, de acordo com o índice VSWI. s


Tabela 1. Avaliação da Extensão dos Impactos da Seca

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AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SECA PARA A QUADRA CHUVOSA NDJF

De acordo com os dados de percentis de precipitação, a quadra chuvosa NDJF-16 apresentou condições de seca menos intensas do que a quadra NDJF-15 (Vide relatório completo). Por outro lado, de acordo com as anomalias do índice VSWI, o parecer final com relação à quadra NDJF-16, foi de seca mais intensa do que a quadra NDJF-15 (Vide relatório completo).

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Figura 4 - Avaliação das condições de seca para a quadra chuvosa Novembro-Fevereiro de 2015-2016 de acordo com o cálculo dos percentis dos dados de precipitação e anomalias do índice VSWI.

Previsão Climática Sazonal

A previsão climática sazonal do MCTI para o trimestre MAM/2016 prevê, como cenário mais provável, chuvas abaixo da média climatológica no Norte e Nordeste do País. De acordo com a indicação das áreas (Figura 9), o setor mais ao norte do semiárido poderá ser potencialmente afetado. Vale ressaltar que mesmo em anos de forte El Niño, como atualmente, é possível a ocorrência de episódios de chuvas mais intensas com alta variabilidade espacial e temporal. Contudo, em geral, os totais acumulados não superam a média climatológica.

Figura 5 - Previsão climática sazonal para MAM/2016. Previsão expressa em termos de desvios das probabilidades climatológicas.



Tendências na escala de tempo subsazonal

Previsão por conjuntos para os próximos 10 dias

A previsão por conjuntos do modelo Eta-CPTEC/INPE indica pouca chance de ocorrência de chuva nos próximos 10 dias no semiárido, com exceção dos Estados do Maranhão e Piauí. Nestas regiões está previsto chover em torno de 100 mm, acumulados nos próximos 10 dias. Esta previsão está consonante com a análise das oscilações sub-sazonais (Seção 3.1), na qual se estima que a OMJ, na sua atual fase, não deva favorecer o regime de precipitação no semiárido.

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Figura 6 - Previsão de precipitação acumulada (mm) nos próximos 10 dias emitida pelo do modelo numérico ETA/CPTEC/INPE. Esta previsão é resultado da média de um conjunto de 7 membros (7 previsões semelhantes em que a cada previsão é iniciada com o estado da atmosfera ligeiramente diferente).

Projeção para a segunda semana – 11 a 17 de março de 2016

De modo geral, tanto o modelo do NCEP/NOAA quanto o modelo do CPTEC indicam condições desfavoráveis à ocorrência de chuva em grande parte da Região Nordeste. Para todo o estado do Maranhão, que atualmente se encontra em período chuvoso, a previsão é de precipitações abaixo da média. Porém, vale ressaltar que a precisão espacial fica comprometida com esta escala de antecipação (uma semana).

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Figura 7 - Previsão de anomalia de precipitação no período 11 a 17 de março de 2016, pelo modelo de previsão por conjuntos do NCEP/NOAA. (Dir.) Previsão de anomalia de precipitação no período 11 a 17 de fevereiro de 2016, pelo modelo de previsão por conjuntos do CPTEC/INPE.



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