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Situação Atual e Previsão Hidrológica para o Sistema Cantareira 20/07/2016

Atualizado em 22/07/2016 9h40

A precipitação média espacial, acumulada no mês de julho de 2016, foi de 3,8 mm (5,6[1]mm), o que representa 7,6% (11,2%[1]) da média climatológica do mês (49,9[1]mm), considerando a média até 2013 divulgada pela SABESP.

A vazão média afluente ao Sistema Cantareira (Sistema Equivalente + Paiva Castro) no mês de julho de 2016, foi 22,01 m3/s (Figura 2), 26,9% abaixo da vazão média mensal de 28,75 m3/s (período 1930-2013), e para o mesmo período, a extração média de água do Sistema Cantareira foi de 22,43 m3/s, segundo dados da SABESP e do GTAG-Cantareira/ANA: situação dos reservatórios.

O Sistema opera hoje, 20 de julho de 2016, com 59,3% do volume total autorizado (1269,5 hm3), correspondente ao volume útil mais as duas reservas técnicas (volume morto 1 + volume morto 2).

As previsões baseadas no modelo ETA/CPTEC/INPE, no modo de conjunto, para a região de abrangência indicam que a chance de chuva para os próximos 7 dias é muito pequena, conforme normalmente ocorre nesta época do ano.

[1] De acordo com o site da SABESP, http://www2.sabesp.com.br/mananciais/.

Figura 4. Precipitação observada acumulada (em mm) nos pluviômetros do CEMADEN e DAEE/SAISP nas sub-bacias de captação do Sistema Cantareira (contornos em preto). As cores representam alturas topográficas com relação ao nível do mar de acordo com a escala da direita. (*) pluviômetros sem dados em alguns dias. (s/d) indica pluviômetro sem dados.
Figura 1. Precipitação observada acumulada (em mm) nos pluviômetros do CEMADEN e DAEE/SAISP nas sub-bacias de captação do Sistema Cantareira (contornos em preto). As cores representam alturas topográficas com relação ao nível do mar de acordo com a escala da direita. (*) pluviômetros sem dados em alguns dias. (s/d) indica pluviômetro sem dados.
Figura 2. Previsão de precipitação acumulada em mm nos próximos 3 e 7 dias para a bacia de captação do Sistema Cantareira, segundo a previsão por conjuntos (média de 7 previsões semelhantes em que a cada previsão é iniciada com o estado da atmosfera ligeiramente diferente) do modelo numérico ETA/CPTEC/INPE. A área da bacia de captação do Sistema Cantareira é indicada na Figura com linha preta espessa.
Figura 2. Previsão de precipitação acumulada em mm nos próximos 3 e 7 dias para a bacia de captação do Sistema Cantareira, segundo a previsão por conjuntos (média de 7 previsões semelhantes em que a cada previsão é iniciada com o estado da atmosfera ligeiramente diferente) do modelo numérico ETA/CPTEC/INPE. A área da bacia de captação do Sistema Cantareira é indicada na Figura com linha preta espessa.

A Figura 3 mostra a projeção da vazão média mensal afluente em m3/s do modelo hidrológico PDM/CEMADEN[2] (Probability-Distributed Model/CEMADEN), usando a previsão de precipitação do modelo ETA para os próximos 7 dias e, na sequência, considerando 5 cenários de precipitação: média climatológica, 25% abaixo, 50% abaixo, 25% acima e 50% acima da média climatológica, até 31 de dezembro de 2016.  Nesta simulação foram incluídos cenários de temperaturas máximas e mínimas.

[2] PDM/CEMADEN é um modelo hidrológico implementado no CEMADEN para calcular a vazão afluente na bacia de captação do Sistema Cantareira. Utiliza dados diários de precipitação e evapotranspiração potencial para calcular vazão afluente.

Figura 3. As linhas tracejadas apresentam cinco projeções de vazão média mensal afluente, em m3/s, ao Sistema Cantareira (Sistema Equivalente + Paiva Castro) com a previsão do ETA/CPTEC/INPE para os próximos 7 dias e, na sequência, para os cenários: precipitação 50% abaixo da média climatológica (linha vermelha), 25% abaixo da média climatológica (linha amarela), na média climatológica (linha cinza), 25 % acima da média climatológica (linha verde) e 50% acima da média climatológica (linha azul). O início das projeções corresponde à vazão média prevista para os próximos 7 dias e na sequência para a vazão projetada para cada cenário. A linha preta corresponde à vazão média mensal climatológica para o período 1930-2013, em laranja à vazão média mensal de jan a dez/2015 e em roxo de jan a 20/jul2016.
Figura 3. As linhas tracejadas apresentam cinco projeções de vazão média mensal afluente, em m3/s, ao Sistema Cantareira (Sistema Equivalente + Paiva Castro) com a previsão do ETA/CPTEC/INPE para os próximos 7 dias e, na sequência, para os cenários: precipitação 50% abaixo da média climatológica (linha vermelha), 25% abaixo da média climatológica (linha amarela), na média climatológica (linha cinza), 25 % acima da média climatológica (linha verde) e 50% acima da média climatológica (linha azul). O início das projeções corresponde à vazão média prevista para os próximos 7 dias e na sequência para a vazão projetada para cada cenário. A linha preta corresponde à vazão média mensal climatológica para o período 1930-2013, em laranja à vazão média mensal de jan a dez/2015 e em roxo de jan a 20/jul2016.

Da análise da evolução hipotética das chuvas até 31 de dezembro de 2016, usando as simulações do modelo hidrológico (Figura 3) e considerando a extração total do Sistema Cantareira para os próximos sete dias igual a 22,33 m3/s e para os próximos meses igual a 26,5 m3/s (Qesi = 23,0 m3/s e Qjus = 3,5 m3/s, de acordo com o comunicado conjunto ANA/DAEE N° 258), para os cenários de precipitações pluviométricas na média climatológica, 25% e 50% abaixo, e 25% e 50% acima da média climatológica, o chamado volume morto não seria utilizado novamente antes de 31 de dezembro de 2016 (vide tabela resumo).

Resumo das previsões para o período de 21/jul/2016 a 31/dez/2016 para os cinco cenários de precipitação, considerando a extração total (Qesi + Qjus) igual a 22,33 m3/s para os primeiros 7 (sete) dias (média de extração dos últimos 7 dias, segundo o site da SABESP) e, na sequência, igual a 26,5 m3/s, de acordo com o comunicado conjunto ANA/DAEE N° 258, para os próximos meses.

Cenários Precipitação
  50% abaixo 25% abaixo Média 25% acima 50% acima
% do volume total autorizado (1269,5 hm³) em 30/Set/2016 55,2% 56,3% 57,5% 58,5% 59,6%
% do volume total autorizado (1269,5 hm³) em 31/dez/2016 49,6% 56,8% 66,3% 75,7% 86,4%

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