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Cemaden é convidado pela NOAA para abordar sobre interdisciplinaridade nos estudos e previsão de eventos extremos climáticos

O Diretor Osvaldo Moraes, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – foi convidado pela Agência Americana dos Oceanos e Atmosfera (NOAA) a participar de evento paralelo à 99ª Reunião Anual da Sociedade Meteorológica Americana (American Meteorological Society -AMS) dos Estados Unidos e proferir palestra abordando o tema “Compreensão e construção da  resiliência a eventos extremos de forma interdisciplinar e inclusiva dentro da arena internacional”. A sessão internacional foi coorganizada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).

A reunião da AMS ocorreu na semana passada, entre os dias 6 e 13 de janeiro, na cidade de Phoenix (Arizona), nos Estados Unidos, reunindo cerca de 4 mil pesquisadores, cientistas, profissionais e estudantes da área climática, de ciências atmosféricas e de ciências sociais. Foram mais de 40 conferências e simpósios separados, abrangendo tópicos desde Hidrologia à História, satélites a aplicações sociais.

O objetivo principal da reunião foi aprimorar o entendimento fundamental sobre previsão de eventos extremos, dentro do panorama de mudanças climáticas. O evento chamou a atenção para os prejuízos humanos e materiais crescentes provocados pelos eventos extremos, destacando os vários fatores inter-relacionados que contribuíram para o aumento da vulnerabilidade da população, principalmente a urbana.

“O convite foi justificado pela inovação do Cemaden em adotar abordagem multidisciplinar para o entendimento e previsão dos impactos decorrentes de  eventos climáticos extremos, tanto no monitoramento, na emissão de alertas de desastres e nas pesquisas e desenvolvimento de tecnologias.”, destacou o diretor Osvaldo Moraes. “O objetivo de nossa participação foi apresentar, aos outros países, a importância não apenas das chamadas Ciências Básicas mas também das Ciências Sociais no compartilhamento dos conhecimentos para enfrentar os eventos extremos.”, complementa o diretor do Cemaden.

Conexão entre a ciência do sistema terrestre e as ciências sociais para construção da resiliência a eventos extremos

Consideradas prioritárias as abordagens de áreas interdisciplinares e a necessidade de formar uma rede de parcerias para apoio e desenvolvimento da convergência das pesquisas, a reunião focou a abordagem de três tópicos. O primeiro sobre “interdisciplinaridade” das variadas áreas científicas para os estudos científicos e monitoramento de eventos climáticos. Outra prioridade é a “cooperação internacional” para construção de resiliência a eventos extremos, compartilhando os conhecimentos.

Por fim, a abordagem sobre “Inclusão da diversidade multissetorial” na busca de soluções de problemas complexos, incluindo a participação de grupos heterogêneos, envolvendo diversas especialidades das áreas humanas (como por exemplo, psicólogos, sociólogos, economistas e demógrafos). A organização cita um relatório recente da Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina, que faz referência à convergência “formando uma rede de parcerias para apoiar a pesquisa de cruzamento de fronteiras e para traduzir avanços em novos produtos”. Esse relatório demonstra que a participação de diversos grupos sociais ampliam os esforços para a solução do problema causado pelos eventos climáticos.  Além disso, os grupos sub-representados de baixa renda são os que mais sofrem durante eventos extremos, como ondas de calor, inundações (especialmente em regiões urbanas).

“A reunião anual da OMM priorizou as discussões sobre a maneira da comunidade internacional garantir o acesso para todos às pesquisas e aplicações tecnológicas referentes ao clima, água e ciências sociais, preparando e superando as vulnerabilidades a eventos extremos no contexto mundial.”, enfatiza o Osvaldo Moraes, do Cemaden.

Fonte: Ascom/Cemaden

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