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Políticas públicas integram educação ambiental, sustentabilidade e resiliência

Parcerias ampliarão conhecimentos e ações em escolas e comunidades vulneráveis a desastres naturais, frente aos desafios climáticos

Desenvolver a percepção de desastres naturais nas áreas de risco, gerando uma cultura de prevenção dos impactos socioambientais –  por meio da educação ambiental e da construção de escolas sustentáveis e resilientes –  é a proposta para a criação de um projeto que inicia o diálogo entre vários ministérios. A promoção de políticas integradas envolvendo escolas e comunidade, localizadas em áreas de riscos, na prevenção de desastres está na agenda de debates entre o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação junto aos ministérios da Educação, da Integração Nacional com a Defesa Civil, do Meio Ambiente e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.

A ideia é implementar processos integrados de iniciação científica e da gestão participativa nas escolas  de ensino médio e séries finais do fundamental, localizadas nas áreas vulneráveis a riscos de desastres socioambientais, em todo o território nacional.

O projeto prevê que cada escola desenvolva as tecnologias de monitoramento, alerta e pesquisa, junto a grupos interdisciplinares, conscientizando os estudantes para o enfrentamento aos desafios dos riscos, aos desafios climáticos e pela preservação de vidas.

Estão sendo discutidas entre os ministérios a utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), as quais permitam criar uma rede observacional e de intercâmbio de pesquisas, de forma dinâmica e abrangente.

As parcerias propõem analisar as articulações entre seus diversos programas e projetos, de forma a concentrar esforços e potencializar um projeto integrado, envolvendo educação ambiental, sustentabilidade e resiliência.

Nas próximas etapas, estão previstas reuniões com outros parceiros  de diferentes segmentos da sociedade, que atuam no contexto “ cuidar e proteger” para a sustentabilidade e resiliência, como as universidades, instituições internacionais e organizações não-governamentais.

Projeto piloto do Cemaden-Educação  para prevenção de desastres e proteção de vida

O Cemaden desenvolve, desde 2014, um projeto piloto de Educação, para ampliar o Programa Pluviômetros nas Comunidades para a educação formal. Esse piloto ocorre em três escolas de  ensino médio, nos municípios de Cunha, São Luiz do Paraitinga e Ubatuba, no estado de São Paulo, apresentado como embasamento para a criação do projeto integrado entre as instituições.

Liderados por jovens, são desenvolvidos projetos coletivos de pesquisa participativa, educomunicação, gestão democrática, de controle social e educação entre pares. O site Cemaden-Educação permite o compartilhamento de informações e conhecimentos em rede de escolas e comunidades.

Projeto Pluviômetros nas Comunidades

O Programa Pluviômetros nas Comunidades do Cemaden trabalha em parceria com o Centro Nacional de Risco e Desastres (Cenad), do Ministério da Integração Nacional, para a introduzir a cultura de percepção de riscos de desastres naturais, envolvendo a população que vive em áreas de risco, em todo o território nacional. O objetivo é fortalecer as capacidades locais de enfrentamento de eventos adversos de impactos socioambientais, como inundações, enxurradas, deslizamentos de solos e rochas.

Para o Projeto Comunitário, foram instalados 907 pluviômetros semiautomáticos em áreas de risco, os quais são operados por equipes da comunidade local, especialmente treinadas, visando promover o engajamento e a conscientização dos moradores que vivem em áreas de riscos. As informações enviadas pela comunidade completam a rede de dados hidrometeorológicos, que fazem parte da estrutura observacional do país para o monitoramento e alertas de desastres naturais realizados pelo Cemaden.

Atualmente, o Cemaden monitora 856 municípios considerados vulneráveis a desastres naturais, em todo território brasileiro, para os quais estão disponibilizados os mapeamentos de áreas de risco de deslizamentos e inundações – base do sistema de prevenção de desastres naturais.

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